O Velho com um inchaço na face do rosto
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“Era uma vez um velhinho muito trabalhador.
Em sua bochecha direita ele tinha um grande tumor benigno, que formava um calombo. Um dia, ele foi para a montanha cortar madeira, e de repente começou a chover.
- Minha nossa! O que vou fazer? – falou.
Ele teve sorte de achar um grande abrigo em uma árvore oca, onde pôde se esconder até a chuva parar. Enquanto esperava, ele começou a cochilar, e acabou adormecendo.
Ao acordar, ficou muito surpreso ao descobrir que já era noite, e que na frente de sua árvore ocorria uma festa completa, com ogros vermelhos e verdes dançando.
- Ahá! –gritou um ogro. – Há um velho dentro da árvore.-e eles o puxaram para fora de seu esconderijo.
- Agora, velho, você, precisa dançar para nós.
Assim, o velho dançou mostrando a sua melhor performance para os ogros.
- Muito bem, muito bem! Isso foi muito divertido – disseram os ogros, e bateram palmas exultantes.
- Você precisa vir novamente amanhã à noite para nos mostrar sua dança.
Até lá, vamos guardar o seu calombo para ter certeza de que você virá e dançará novamente.
Eles tiraram o grande calombo da face do homem, pensando que devia ser algo muito precioso. O velho, naturalmente, ficou muito feliz por perder seu calombo e deixou a floresta cantando. Ao chegar em casa, ele contou a história para sua esposa, que estava tão surpresa quanto feliz. Seu marido ficara tão bonito sem o seu tumor!
O vizinho da porta do lado também tinha um calombo feio, e ficou muito animado ao ouvir a história.
- Eu poderia perder meu tumor da mesma forma! – pensou o vizinho, que seguiu para a mesma montanha e se escondeu na mesma árvore. Por fim, os mesmo ogros vieram para a festa.
- Chegou a hora! – disse o segundo velho, ao pular para fora da árvore e começar a dançar.
Porém, ele não pôde dançar tão bem quanto o primeiro velho. Os ogros não ficaram satisfeitos e gritaram:
- Essa dança não é tão boa quanto a primeira que nós vimos na noite passada!
Um deles disse:
- Nunca mais queremos vê-lo dançar! Vamos devolver-lhe o calombo, assim não voltará mais. Os ogros pegaram o calombo que tinham tomado do primeiro velho, puseram no seu vizinho e o expulsaram. O segundo velho voltou triste para casa, com dois calombos na face em vez de um.”
Análise do texto:
Daí podemos deduzir que sentimentos de inveja e má vontade só tendem a acumular peso, calombo e sofrimento no nosso corpo de constituição mais fina; diferente da boa vontade e daqueles com disposição de sempre poderem estender a mão e fazer o melhor para o próximo.

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